Cuidado com o foco!

Um dos aspetos que deve merecer a atenção de um atleta tem a ver com a orientação do seu foco. Constato várias vezes que os atletas focam-se muito em aspetos externos a si próprios, tais como o adversário, o árbitro, o estado do piso, as condições atmosféricas, etc.

De facto, estes aspetos podem refletir-se no desempenho do atleta/equipa e normalmente, este tipo de focos está associado a sensações negativas. Vejamos: se um atleta se foca demasiado no seu adversário, provavelmente, está a valorizá-lo em excesso, desviando a sua mente daquilo que são os seus próprios pontos fortes. Neste processo o atleta vai começando a secundarizar o seu papel, passando a ter uma atitude mais reativa do que proativa na competição.


Se não se interromper este processo, é muito provável que os níveis de pressão e stress comecem a aumentar mas, sobretudo começa a instalar-se inconscientemente uma certa "desresponsabilização" em relação àquilo que o próprio atleta pode fazer para controlar o seu desempenho.


Perante isto, a questão fundamental que o atleta deve colocar é a seguinte: "Estou a focar-me em algo que posso controlar?"


Todos os exemplos que referi anteriormente (adversário, árbitro, estado do piso, etc) são aspetos que o atleta não pode controlar e por isso, sempre que se foca neles (mesmo que tenha razões para o fazer) está a desperdiçar recursos mentais, está a gerar em si próprio emoções negativas e, acima de tudo, está a assumir um papel de "vítima".


Como tal, recomendo que o atleta inverta essa situação começando por se questionar: "O que é que depende de mim para ganhar o jogo?" ou "Quais são os meus pontos fortes que me podem levar a assumir o controlo do jogo?".


A resposta a estas questões orienta a mente do atleta para soluções e para recursos que geram nele emoções positivas, funcionando como um boost de energia motivacional que o retira do tal estado de "vítima" para um estado de controlo da situação.


Esta agilidade mental para mudar o foco sempre que é necessário, é uma das coisas que o atleta pode treinar num processo de coaching desportivo, levando-o desenvolver técnicas simples e muito rápidas que ele pode aplicar, mesmo durante a competição.


Assim sendo, importa referir que o Foco é algo que pode ser perigoso ou precioso... depende da orientação que lhe damos!



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Sérgio Guerreiro

Licenciado em Relações Internacionais, Pós-Graduações em Gestão de Recursos Humanos e em Gestão do Potencial Humano, várias Certificações Internacionais em Coaching, em Programação Neurolinguística e em Treino Mental. É Analista Comportamental Certificado pela PDA Assessment.

A sua ligação ao Desporto começou com o facto de ter sido árbitro de Futebol e, desde então, nunca mais deixou os estádios, embora hoje, numa posição diferente.

Atualmente é Consultor de Performance ComportaMental e fundador da Coaching Desportivo®️.

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