Autoconfiança...ou a falta dela

Uma das questões que mais influencia o desempenho de um atleta é o seu grau de autoconfiança. De uma forma simples, podemos definir a autoconfiança de um desportista como sendo a forma como ele se sente no papel de competidor.

Ou seja, a forma como o atleta se vê em relação a outros competidores (colegas ou adversários), vai determinar o seu grau de autoconfiança. Consequentemente, essa relação vai ser responsável pela imagem que o atleta cria de si próprio.


Contudo, a mente do atleta, se não for devidamente treinada, pode tornar-se no seu pior adversário. Pois vejamos: o estimado leitor a quem me dirijo neste momento já pensou que, muito provavelmente, teve durante o dia de hoje mais pensamentos negativos do que positivos? Pois é... com a esmagadora maioria dos atletas, não é diferente. A juntar a isto, existe uma tendência (por vezes exagerada) para a autocrítica e para o foco em coisas que não correram tão bem.


A imagem que o atleta tem de si resulta, fundamentalmente, de três aspetos:


  • Memória
  • Percepção
  • Imaginação


Em relação à memória, é frequente e normal um atleta focar-se num determinado acontecimento, jogo, passe, etc, que não saiu como ele queria. E este foco em algo negativo vai sendo alimentado com uma lista de tantas outras situações que o atleta vai encontrar no seu "baú mental de memórias", de modo a reforçar o pensamento inicial de algo em que não foi bem sucedido. Sem que ele se aperceba, o atleta vai inundando a sua mente com acontecimentos negativos.


Essas memórias vão construindo uma perceção de si mesmo que, como facilmente percebemos, não é a melhor, já que, inconscientemente, foi ladrilhada por um conjunto de imagens negativas. A partir daí, sempre que o atleta imagina os jogos seguintes, os seus pensamentos vão estar contaminados pela má imagem (má perceção) que o atleta foi construindo de si próprio. Como tal, é bem possível que durante o jogo, o atleta não se apresente tão confiante pelo facto de recear falhar ou não ser bem sucedido. E a partir deste momento, o atleta entra num "circuito fechado" de pensamentos e emoções negativas que ele próprio foi construindo com base num jogo menos conseguido.


Neste tipo de casos, cabe ao Mental Coach, fazer com que o atleta tome consciência desse processo sequencial de pensamentos, levando-o a perceber como tudo começou. A partir de então, podemos começar a inverter o processo, orientando a mente do atleta para algo de positivo, questionando-o sobre, por exemplo, as suas qualidades, ou aquele jogo em que tudo saiu bem, ou até mesmo pedir-lhe para se recordar e vivenciar de novo aquela exibição de sonho que ele já teve. Com isto, pretende-se gerar no atleta um conjunto de emoções positivas que serão fundamentais para o tirar do "pântano" emocional que estava a destruir a sua autoconfiança.

Interessa-te o Mental Coaching?

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Sérgio Guerreiro

Licenciado em Relações Internacionais, Pós-Graduações em Gestão de Recursos Humanos e em Gestão do Potencial Humano, várias Certificações Internacionais em Coaching, em Programação Neurolinguística e em Treino Mental. É Analista Comportamental Certificado pela PDA Assessment.

A sua ligação ao Desporto começou com o facto de ter sido árbitro de Futebol e, desde então, nunca mais deixou os estádios, embora hoje, numa posição diferente.

Atualmente é Consultor de Performance ComportaMental e fundador da Coaching Desportivo®️.

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